A vida é um bem.
Não quero fazer parte dos grãos de uma rocha.
Não gosto de monotonias.
Viver é algo verdadeiramente único.
Dizem que não existe perfeição.
Para mim a vida é perfeição.
É algo divino.
Quem inventou a vida?
Não gosto de pensar em Deus, como alguém que nos criou, de qualquer maneira.
Adoro este enigma.
Não sou um corpo, então, que sou eu?
Eu sou os meus pensamentos, a minha experiência, os meus sentimentos.
Isso sou eu.
Eu sou uma consciência.
Será que a minha consciência, este eu que sou eu, é a minha alma?
Mas de que é feita essa alma que se serve do meu corpo?
Se a alma não tem átomos, então é o quê?
O que é a vida afinal?
A vida é um conjunto de processos complexos de carbono.
Sinto que faço parte de um ciclo de matéria, como fazem os átomos de uma mesa ou de uma galáxia distante.
Somos todos iguais.
A vida é apenas a expressão de equações matemáticas que obedecem às leis da física.
Não existe força vital.
Apenas resultamos da espontaneidade da organização da matéria.
Da complexificação da matéria inerte.
Esta consciência é apenas o produto da complexificação da vida.
É quase tudo uma questão de semântica, uma organização.